Quem viaja com frequência já passou pelo pesadelo de ter a mala perdida ou até mesmo furtada em um aeroporto. Mas, às vezes, a tecnologia entra em cena e muda completamente a história. 
Foi o que aconteceu em agosto de 2025, em Los Angeles (LAX), quando um pequeno dispositivo da Apple – o AirTag – transformou um drama em um caso quase cinematográfico. Em vez de perder tudo, um passageiro conseguiu recuperar a maior parte de seus pertences e ainda saiu com uma lição clara: nunca viaje sem um rastreador desses.
No dia 22 de agosto de 2025, Daniel Scott desembarcou em Los Angeles após um voo vindo de Salt Lake City. Como de costume, seguiu para a esteira de bagagens. Só que sua mala simplesmente não apareceu. Funcionários do aeroporto não tinham respostas – situação familiar para quem já enfrentou extravio em grandes terminais. O que eles não sabiam era que Scott tinha colocado um AirTag escondido dentro da mala, e esse detalhe mudou tudo.
Pouco depois, o celular de Daniel vibrou: o app Buscar (Find My) mostrava que sua bagagem não estava no setor de bagagens, mas se deslocando para fora do aeroporto. O sinal apontava para o estacionamento de transporte por aplicativo. Sem perder tempo, ele correu até lá, mas o ponto no mapa seguia se afastando. Ficou claro: não era um erro da companhia aérea, era roubo.
A polícia do aeroporto foi chamada imediatamente. Seguindo o rastreamento, os agentes localizaram a mala a cerca de 800 metros do LAX, dentro de um prédio. Lá encontraram algumas pessoas, e uma delas já vestia as roupas de Daniel – camisa, calça e até os sapatos. A mala em si estava danificada, mas cerca de 90% dos pertences foram recuperados. Sem o AirTag, dificilmente ele teria visto suas coisas de volta.
Por que o AirTag virou item indispensável nas viagens
Lançado em 2021, o AirTag logo conquistou os usuários. Pequeno, leve e com design minimalista, ele se conecta automaticamente à rede Buscar, que utiliza milhões de dispositivos Apple ao redor do mundo para identificar sua localização. Diferente de rastreadores com GPS, não exige assinatura ou plano de dados. O resultado é um dispositivo acessível, eficiente e perfeito para quem quer mais segurança em suas viagens.
Para viajantes, é quase um seguro extra. Companhias aéreas perdem malas todos os dias, e muitas vezes o processo de devolução leva semanas. Com um AirTag, você não fica refém das informações do balcão: basta abrir o celular e ver onde a mala está – se ainda no aeroporto, em outra cidade ou, como no caso de Scott, nas mãos erradas. Nesse episódio, a tecnologia não apenas deu respostas rápidas, como literalmente impediu que ele perdesse tudo.
Mas é importante ter cuidado: perseguir ladrões sozinho é perigoso. O AirTag deve ser visto como ferramenta para apoiar a polícia, não como convite para enfrentar criminosos. A recomendação dos especialistas é clara: acione sempre as autoridades, como fez Daniel.
As polêmicas e a questão da privacidade
Desde o lançamento, o AirTag também levantou debates sobre privacidade. Nos primeiros meses, não faltaram casos de uso indevido – como perseguições ou rastreamento de carros que seriam furtados. Para conter os abusos, a Apple lançou atualizações que enviam alertas caso um AirTag desconhecido esteja se movendo junto com você. Donos de iPhone recebem essa notificação no próprio sistema. Para quem usa Android, há um app oficial que cumpre a mesma função.
Essas medidas reduziram bastante os riscos, mas as discussões permanecem. Alguns críticos argumentam que ainda há brechas, enquanto defensores lembram que os benefícios superam os problemas, principalmente quando comparados ao prejuízo de perder pertences. Vale lembrar que a Apple não está sozinha: a Samsung lançou o SmartTag também em 2021, oferecendo recursos similares para quem usa celulares Galaxy.
A lição deixada pelo caso em LAX
O episódio em Los Angeles mostra os dois lados: o poder e os limites desse tipo de tecnologia. O AirTag não impede que a mala seja furtada, mas aumenta imensamente as chances de recuperação. Ele se tornou, para muitos, tão essencial quanto passaporte e bilhete de embarque. E, no caso de Scott, fez a diferença entre um prejuízo total e um final de alívio.
Embora sua mala tenha sido destruída, a maior parte de seus objetos voltou para suas mãos. Para os demais viajantes, a mensagem é simples: colocar um AirTag na mala pode ser tão importante quanto guardar bem seus documentos. Afinal, num mundo de viagens cada vez mais caóticas, ter uma tecnologia discreta e eficaz pode evitar que uma viagem de sonho vire um pesadelo.
3 comentários
segurança do aeroporto falhou, airtag que resolveu
vale cada centavo, nunca mais viajo sem
LAX sempre confusão com bagagem 🙄