Ações da Intel sobem forte com possível participação do governo dos EUA

As ações da Intel dispararam hoje após notícias de que o governo de Donald Trump estaria avaliando investir diretamente na empresa para fortalecer a produção nacional de semicondutores.

Segundo a Bloomberg, Washington pode adquirir uma participação na Intel e direcionar os recursos para a ampliação da fábrica em Ohio, um projeto que vem sofrendo atrasos e que a companhia pretende transformar na maior planta de chips do mundo.

As conversas ainda estão em estágio inicial e não há garantia de que o acordo vá acontecer. A ideia teria surgido durante uma reunião na Casa Branca, nesta semana, entre o CEO da Intel, Lip-Bu Tan, e Trump. Em uma guinada inesperada, o presidente passou de crítico ferrenho – chegando a levantar questões sobre a segurança nacional – a elogiar Tan, chamando sua trajetória de “história incrível de sucesso”.

A estratégia de recuperação de Tan busca reconquistar participação de mercado acelerando o avanço tecnológico, mas o salto para o processo 14A só deve ocorrer se houver pedidos firmes de clientes. Ao mesmo tempo, a Intel aposta nos processadores Panther Lake e Nova Lake, além das GPUs Granite Rapids, que devem contar com suporte a multithreading simultâneo (SMT).

Para cortar custos, a empresa vai reduzir em 15% o quadro de funcionários – sobre um total de 99,5 mil até o fim de 2024 – após cortes semelhantes em 2023 e 2024, e fechará fábricas na Alemanha e na Polônia. Apesar das medidas duras, o mercado reagiu bem: as ações subiram mais de 7% no pregão regular e avançaram mais 2% após o fechamento.