ARC Raiders não apenas estreou bem – ele aterrissou no topo. No fim de 30 de outubro de 2025, o shooter de extração em terceira pessoa da Embark registrou pico oficial de 243.386 jogadores simultâneos no Steam, superando a marca de The Finals no lançamento (242.619 em dezembro de 2024). 
A estreia em múltiplas plataformas – PC, PlayStation 5 e Xbox Series X/S – ajudou a empurrar a curiosidade inicial, mas é no Steam que o efeito manada fica mais claro: é a segunda vez em dois anos que a Embark transforma um novo formato de tiro em assunto do dia.
A curva de crescimento explica o momento. Cerca de uma hora após ligar os servidores, os gráficos do SteamDB já apontavam ~140 mil jogadores simultâneos. Seis horas depois, o contador passou de 200 mil e continuou subindo; com a virada para os horários de pico de outras regiões, o número ficou na casa de 225.731 antes de cravar o pico de 243.386. Para um período em que Battlefield 6 segue a todo vapor e Call of Duty: Black Ops 7 chega em menos de duas semanas, isso é mais do que um bom começo – é um recado.
Por que pegou tão rápido? Começa pelo posicionamento. ARC Raiders não tenta disputar o mesmo terreno dos FPS de reflexo imediato. Ele aposta no loop de risco e recompensa do shooter de extração: entrar, vasculhar, decidir quando arriscar mais e quando evacuar, sempre com aquela sensação de “só mais uma corrida” com o esquadrão. O combate em terceira pessoa dá leitura clara da ação, os encontros são dinâmicos e a progressão é direta – menos grind sem sentido, mais escolhas que geram boas histórias de mesa de bar.
O preço também pesa em 2025. Enquanto blockbusters premium cobram ingresso alto e temporadas mordem a carteira, ARC Raiders chega com barreira de entrada menor. Amigo convida amigo, os grupos migram juntos e o boca a boca faz o resto. The Finals já havia provado que tiro responsivo e espetáculo de destruição ainda têm palco; ARC Raiders demonstra que um formato diferente consegue o mesmo impacto quando chega polido e estável.
Esse é outro ponto-chave: confiabilidade de dia um. O público está vacinado contra lançamentos quebrados. Nas primeiras horas, ARC Raiders apresentou matchmaking rápido, onboarding objetivo e desempenho sólido o suficiente para não travar a empolgação. Quando o jogo funciona, respeita o tempo do jogador e deixa clara a proposta, a comunidade responde com tempo de tela – e com convites no chat para fechar o esquadrão.
Importa, ainda, a ficha corrida da Embark. Depois de The Finals, o estúdio deixou de ser promessa e virou referência em afiar ideias de tiro em moldes distintos. Se The Finals é aquela explosão de 20 minutos para matar a vontade, ARC Raiders é o programa da noite: sessões mais longas, risco maior, narrativa emergente. Eles se complementam em vez de se canibalizar, ampliando o alcance da Embark dentro do mesmo guarda-chuva.
Claro que picos não garantem retenção. O que segura a curva é cadência: temporadas que mexam na meta sem inflar sistemas, ameaças PvE inventivas que abram novas rotas e uma economia justa que não transforme a extração em contabilidade. Transparência em balanceamento, eventos que realmente mudam a rotina e um calendário que respeite o fôlego dos jogadores são o teste real das próximas semanas.
No placar de agora, o resultado é direto: ARC Raiders – 243.386 no pico do Steam, acima de The Finals. Mesmo estúdio, ritmos diferentes, a mesma lição: quando a experiência é nítida, o servidor aguenta e o custo faz sentido, a audiência aparece. Em um ano em que o recurso mais raro é atenção, ARC Raiders soube extrair exatamente o que precisava – e saiu com o pacote intacto.