A NVIDIA pode estar prestes a reconquistar seu espaço no mercado chinês, após anos de restrições e perdas devido às tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China. Um novo sopro de esperança surgiu depois que o ex-presidente Donald Trump mencionou que pretende discutir com Xi Jinping a possível liberação do chip de inteligência artificial Blackwell para o mercado chinês. 
Se o acordo avançar, isso representará não apenas uma vitória política, mas também um enorme impulso financeiro e estratégico para a empresa liderada por Jensen Huang.
Durante anos, a NVIDIA foi obrigada a recuar na China devido às sanções impostas por Washington, perdendo praticamente todo o seu espaço em um dos maiores polos tecnológicos do planeta. O próprio Huang chegou a afirmar que a participação da empresa no país havia caído para quase zero, uma queda drástica para quem antes dominava o setor de aceleradores de IA. Agora, com uma possível flexibilização das regras, o cenário pode mudar radicalmente.
De acordo com a Bloomberg, Trump declarou que pretende reduzir tarifas sobre produtos chineses relacionados à crise do fentanil e, ao mesmo tempo, discutir a possibilidade de aliviar restrições sobre semicondutores. O foco da conversa seria o Blackwell – sucessor direto da linha Hopper – , que promete elevar o desempenho da IA a novos patamares com seu design de chiplet, interconexões NVLink aprimoradas e memórias HBM3E de altíssima velocidade.
A versão voltada para a China, chamada B30A, seria o grande trunfo da empresa. Produzido no processo TSMC N4P, o chip deve trazer uma arquitetura de duplo dado, em contraste com o design monolítico do H20. Essa configuração coloca o B30A em pé de igualdade com os poderosos modelos B200 e B300. Ainda que as especificações oficiais não tenham sido confirmadas, especialistas acreditam que o chip trará ganhos de desempenho expressivos, respeitando os limites de exportação impostos pelos EUA.
Se a NVIDIA conseguir a aprovação para comercializar o Blackwell na China, o impacto será gigantesco. A empresa poderá recuperar parte das receitas perdidas e reafirmar sua posição como líder global no setor de IA. Além disso, o gesto político simbolizaria um raro momento de cooperação entre as duas maiores economias do mundo. Para Jensen Huang, seria o início de uma nova fase: a retomada de um mercado essencial que parecia perdido para sempre.
Ainda não há garantias de que o acordo será firmado, mas se o sinal verde for dado, o Blackwell pode redefinir o jogo da IA na Ásia, recolocando a NVIDIA no topo e reacendendo a disputa global por supremacia tecnológica.
2 comentários
Jensen Huang é um gênio, sempre encontra um jeito de voltar pro jogo
A guerra comercial só atrasa a tecnologia… tomara que fechem logo esse acordo