Início » Sem categoria » James Gunn sobre Lex Luthor em Peacemaker e o que isso significa para o DCU

James Gunn sobre Lex Luthor em Peacemaker e o que isso significa para o DCU

por ytools
0 comentário 1 visualizações

James Gunn sobre Lex Luthor em Peacemaker e o que isso significa para o DCU

Atenção: spoilers do episódio 6 da 2ª temporada de Peacemaker.

James Gunn adora surpreender, mas o sexto episódio, intitulado “Ignorance is Chris”, pegou todo mundo de surpresa de um jeito especial. Foi ali que vimos Nicholas Hoult surgir como Lex Luthor, só que muito mais sombrio e frio do que no futuro Superman: Man of Tomorrow. E segundo o próprio Gunn, essa não é uma participação qualquer: a aliança improvável entre Luthor e Rick Flag Sr. será “consequente para todo o futuro do DCU”.

Um Luthor mais sombrio e vulnerável

No episódio, Luthor aparece abatido, mancando com uma bengala – resultado direto de sua surra para o Krypto, o supercão. Nada daquele magnata arrogante que já vimos em outras versões. Aqui, ele está encurralado, negociando com Flag melhores condições na prisão em troca de ajuda para encontrar Peacemaker e sua tecnologia interdimensional. Gunn explica que essa mudança de tom reflete a diferença entre as obras: Peacemaker é mais cru e naturalista, enquanto Superman segue uma linha épica e grandiosa. Essa variação, segundo ele, é o que dá graça ao universo compartilhado: diferentes tons para os mesmos personagens.

Nos quadrinhos, não é raro vermos autores dando leituras muito distintas a figuras icônicas, e Gunn quis trazer essa sensação para as telas. Mostrar um Luthor derrotado aqui abre espaço para outro tipo de Luthor em Man of Tomorrow, onde o vilão vai, a contragosto, se aliar ao Superman contra uma ameaça maior. Ou seja: não é um fan service, mas sim uma peça estratégica na narrativa do DCU.

O pacto com Rick Flag

O ponto central do episódio é o acordo entre Rick Flag Sr. e Luthor. Flag quer usar as habilidades do vilão para localizar Peacemaker e dominar a tecnologia interdimensional. À primeira vista, parece só mais uma barganha de vilões. Mas Gunn deixa claro que a parceria é “consequente” e terá impacto real em outras produções. Ele promete que o final da temporada revelará bem mais sobre esse elo inesperado – e sugere que os fãs preparem-se para conexões diretas com o futuro do DCU.

A polêmica da bengala e a armadura

Assim que o episódio foi ao ar, muitos fãs apostaram que a ferida de Luthor seria a desculpa perfeita para apresentar a famosa armadura de combate do personagem. Gunn, no entanto, jogou um balde de água fria: até o filme do Superman, Luthor já estará recuperado. Se a armadura aparecer, será por motivos maiores do que uma simples sequela física. Ainda assim, a imagem de um gênio ferido e humilhado tocou os fãs, que não estão acostumados a ver o vilão em tamanha fragilidade.

Earth X e o detalhe perturbador

Outro debate fervente foi sobre a Terra X, universo paralelo mostrado no episódio. O público notou rápido que ali não havia atores negros entre os figurantes – um detalhe que muitos interpretaram como referência direta a regimes supremacistas. Gunn disse que ficou impressionado com a rapidez dessa percepção: em exibições privadas, ninguém havia reparado. Mas na internet, já no segundo episódio, os fãs cravaram a teoria. Esse detalhe deu ao arco um peso social inesperado, reforçando o estilo de Gunn de misturar humor absurdo com reflexões incômodas.

Piadas meta: Marvel e DC

Fiel ao seu estilo irreverente, Gunn também não deixou de brincar com rivalidades entre editoras. Assim como já colocou o Batman como “real” no MCU, agora fez uma piada sobre o Homem-Aranha existir no DCU. “No MCU, eles devoram gibis da DC. No DCU, eles preferem Marvel”, disse rindo. Essas sacadas mantêm a série em alta nas redes, alimentando debates e memes a cada semana.

Abertura macabra com a foto derretendo

A cena inicial com a fotografia de família derretendo intrigou o público. Havia ali algum segredo maior? Gunn explicou que não: era apenas um recurso para sinalizar ao espectador que “nem tudo é o que parece”. É a marca registrada de Peacemaker: misturar cenas aparentemente bobas com um subtexto sombrio que deixa todo mundo desconfortável.

O que vem pela frente

Gunn foi cuidadoso ao falar sobre o personagem misterioso que aparece no trailer do próximo episódio. Disse que não é tão secreto quanto parece: “vocês já o viram antes”. Ou seja, nada de aparições absurdas como G.I. Robot. Mesmo assim, ele garantiu que os capítulos finais, especialmente o oitavo, vão deixar os fãs de quadrinhos extasiados. “É para os nerds também, cara. Sério. Vai ser demais”, prometeu.

Conclusão

O sexto episódio prova que Peacemaker não é só um spin-off maluco, mas um ponto vital no novo DCU. A entrada de Luthor é o exemplo perfeito de como Gunn trabalha: provoca, ironiza, cutuca feridas sociais, mas ao mesmo tempo planta sementes para o futuro. Mesmo um detalhe aparentemente banal – um vilão mancando no pátio da prisão – pode ter repercussões em toda a franquia. Você pode amar ou odiar esse estilo, mas é impossível negar que Gunn está transformando cada detalhe em parte de uma engrenagem muito maior.

Você também pode gostar de

Deixe um comentário