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Assassin’s Creed Shadows: Claws of Awaji conclui a trama

por ytools
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Assassin’s Creed Shadows já nasceu como um jogo gigante. Dois protagonistas jogáveis, um mapa vasto cheio de missões e segredos e dezenas de horas de exploração fizeram muita gente ultrapassar facilmente a marca de cem horas de jogo.
Assassin’s Creed Shadows: Claws of Awaji conclui a trama
Mas, mesmo depois de tanto tempo, uma sensação ficou no ar: a história parecia incompleta. Quando os créditos sobem, restam dúvidas importantes – o paradeiro da mãe de Naoe, a terceira relíquia das Regalias Imperiais japonesas e o futuro da caçada de Yasuke contra os Templários. Mais do que um final, parecia um “até logo”.

Esse “até logo” agora tem nome: Claws of Awaji. Diferente de outros DLCs da franquia, esse não é apenas um extra opcional com novas áreas e armas, mas sim uma continuação direta da narrativa. É a peça que falta para que Shadows faça sentido como história fechada. Pela primeira vez, a Ubisoft posiciona uma expansão como capítulo essencial – sem ela, o enredo realmente não se completa.

Um final que não era final

Na época do lançamento, a Ubisoft dizia que seriam necessárias cerca de 60 horas para fechar a campanha principal. Na prática, a maioria dos jogadores passou muito mais tempo vagando pelo Japão do século XVI, descobrindo cantos escondidos e cumprindo missões secundárias. E, mesmo assim, a conclusão decepcionou: apenas duas das três relíquias foram reveladas, a mãe de Naoe continuava como um mistério, e Yasuke mal tinha começado sua cruzada. Para muitos, ficou claro que algo tinha sido deixado de propósito para um DLC.

Segundo Simon Arsenault, diretor de conteúdo do estúdio Ubisoft Bordeaux, a história é mais complexa. O time de Bordeaux trabalhou junto com a equipe de Quebec desde cedo, justamente para que a expansão fosse construída de forma integrada. A ideia da mãe de Naoe, Tsuyu, já estava rascunhada, mas coube a Bordeaux transformar isso em um arco completo.

O lado íntimo de Naoe

O grande destaque de Claws of Awaji é a jornada pessoal de Naoe. Se na campanha principal sua história era frequentemente ofuscada pela função de assassina, aqui ela assume o centro do palco. Ouvindo rumores de que sua mãe poderia estar viva e presa em Awaji, Naoe parte para a ilha em busca da verdade. Lá, descobre segredos sobre o passado da família e enfrenta o peso de um legado que sempre esteve escondido.

O DLC também retoma o fio da trama das Regalias Imperiais. A famosa terceira caixa, deixada de fora do jogo base, ganha finalmente uma resolução. Arsenault admitiu que a decisão de “guardar” esse elemento foi tomada durante o desenvolvimento: no começo, havia só uma caixa planejada, depois duas, e só mais tarde decidiram que a terceira ficaria para o conteúdo extra. Isso explica por que o enredo parecia incompleto sem a expansão.

Novidades de gameplay e rostos conhecidos

Claws of Awaji não entrega apenas história. O lendário Hattori Hanzo retorna, reforçando a ambientação histórica. E há ainda o novo bastão (bo staff), que chega para todos os jogadores, independentemente da compra do DLC. Dentro da expansão, ele se torna uma ferramenta central para o combate. Essa escolha mostra que a Ubisoft queria adicionar também frescor ao gameplay, e não só encerrar pontas soltas do enredo.

Yasuke em segundo plano

Um detalhe que pode surpreender os fãs é a nova posição de Yasuke. Em Shadows, ele tinha seus próprios arcos, guiados pela vingança contra os Templários. No DLC, seu papel muda: Yasuke se torna o apoio emocional de Naoe. Ele ainda persegue Templários, mas como pano de fundo, servindo mais como companheiro do que protagonista. Para quem esperava uma expansão de sua história pessoal, pode soar frustrante. Mas a Ubisoft deixa claro: Claws of Awaji é a vez de Naoe brilhar.

Como foi feito o epílogo

Segundo Arsenault, o desenvolvimento foi uma dança de ajustes entre Bordeaux e Quebec. Mudanças no jogo base afetavam a expansão e vice-versa. A presença de Tsuyu, a inclusão da terceira relíquia e até a participação de Hanzo foram decisões tomadas em conjunto, sempre com a intenção de entregar um fechamento que não ficasse artificial. “Ter ideias é fácil, o difícil é implementá-las de forma coerente”, disse Arsenault.

Um DLC obrigatório

A série Assassin’s Creed sempre usou expansões para ampliar narrativas ou experimentar novas ideias, mas Claws of Awaji marca a primeira vez que o conteúdo extra é essencial. Tanto que a Ubisoft decidiu oferecê-lo de graça para quem fez a pré-venda, como forma de compensar o atraso do lançamento.

A polêmica do ‘verdadeiro final’

Essa estratégia dividiu a comunidade. Há quem veja como golpe: o jogo foi lançado sem final, e só quem compra o DLC tem a história completa. Outros defendem a escolha, argumentando que a expansão tem peso de uma “segunda parte”, com cerca de dez horas de conteúdo, e não apenas um epílogo curto. Seja como for, é impossível negar que Shadows soava inconclusivo sem Awaji – e isso muda como os jogadores encaram o valor do pacote.

Fim ou novo começo?

Com Awaji, a promessa é que a trajetória de Naoe finalmente se conclua. Já Yasuke continua aberto, porque sua batalha contra os Templários nunca terá fim definitivo. Claro que nada impede a Ubisoft de reabrir a história no futuro – como acontece em filmes, séries e outras franquias de games. Mas, pelo menos por enquanto, o arco de Naoe terá a resolução que os fãs esperavam.

No fim das contas, Claws of Awaji é tanto uma conclusão quanto um teste de modelo: será que os jogadores aceitam a ideia de um “final pago” ou sempre haverá resistência? Uma coisa é certa: depois de mais de cem horas de Shadows, quem buscar respostas vai encontrar na ilha de Awaji o fechamento que faltava.

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2 comentários

oleg September 12, 2025 - 4:31 pm

pra q comprar no lançamento se o fim fica preso em expansão? melhor esperar versão completa por 100 reais

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viver November 9, 2025 - 7:13 pm

100 horas de jogo e só tem final no DLC? aff..

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