A administração Trump está se preparando para assinar uma série de decretos executivos com o objetivo de atender à crescente demanda por energia dos centros de dados de inteligência artificial (IA) nos Estados Unidos. Esses centros de dados, entre as infraestruturas mais intensivas em energia do mundo, exigem um aumento significativo na produção de energia à medida que a IA continua a se expandir. 
As novas regras podem permitir a construção desses centros de dados em terras federais e agilizar o processo de conexão dos projetos de geração de energia à rede nacional.
De acordo com estimativas, um único centro de dados de IA pode consumir até 700 watts por GPU, o que representa uma demanda considerável de energia. Até 2030, a Agência Internacional de Energia (AIE) prevê que o consumo global de energia pelos centros de dados pode atingir cerca de 945 terawatts-hora, com os centros de dados de IA representando uma grande parte dessa demanda.
Em sua política energética, Trump já tomou medidas para expandir o fornecimento de energia doméstica, como incentivar a produção de petróleo e gás. Agora, com o aumento da demanda por energia dos centros de dados de IA, a administração está buscando apoiar o desenvolvimento de infraestrutura capaz de atender a esses requisitos. Os decretos executivos propostos poderiam acelerar a aprovação de projetos de energia em estágios avançados e permitir que terras federais sejam usadas para a construção de centros de dados de IA.
O interesse pela energia nuclear também cresceu, pois ela pode ser uma solução viável para atender às enormes necessidades de energia da IA. As ações da GE Vernova, a ex-divisão nuclear da General Electric, subiram consideravelmente, refletindo o crescente interesse pela energia nuclear como uma solução para os desafios energéticos impostos pela IA.
Essas medidas não são isentas de controvérsias, já que poderiam trazer mudanças significativas no cenário energético dos Estados Unidos. Os defensores acreditam que essas ações são necessárias para acompanhar o aumento da demanda energética da IA, enquanto os críticos apontam os altos custos de construção de novas usinas nucleares e os possíveis impactos ambientais e sociais. Apesar desses desafios, os decretos executivos da administração Trump podem remodelar a forma como os Estados Unidos atendem às suas necessidades energéticas na era da IA.
1 comentário
A energia nuclear não é tão ruim, mas será que não é caro demais para construir novas usinas? Tem que pensar nisso