Acha que as operadoras dos EUA são ruins? A 5G britânica pode estar prestes a desmoronar – e o motivo vai muito além de um simples sinal fraco. 
Enquanto nos Estados Unidos empresas e reguladores se esforçam para expandir a rede, no Reino Unido o cenário parece de autossabotagem.
Um novo levantamento aponta que o plano britânico de ampliar a cobertura móvel está seriamente ameaçado. Uma pesquisa com mais de 500 proprietários de terrenos e prédios – que cedem espaço para antenas e torres – revelou um descontentamento crescente. Cortes drásticos nos aluguéis e forte pressão jurídica fazem muitos considerar remover os equipamentos.
Esses anfitriões não são apenas grandes empresas: há fazendeiros, escolas, ONGs, prefeituras, igrejas e até hospitais do NHS. Mas desde a mudança no Código de Comunicações Eletrônicas (ECC) em 2017, as regras mudaram: antes, os valores eram negociados pelo preço de mercado; agora, são calculados pelo uso “básico” do terreno, como em desapropriações.
O resultado foi devastador: mais de 80% dos entrevistados tiveram redução de 80% a 90% na renda, e 34% ainda arcam com custos extras para manter o equipamento. Para organizações menores, isso é insustentável.
O quadro piora: 68% dos proprietários com contratos vencidos disseram ter recebido ameaças ou pressão pesada das operadoras para aceitar valores mais baixos ou condições piores. Já são mais de 1.000 disputas judiciais, e o plano do governo de estender as regras do ECC para mais 15.000 locais na Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte só aumentou a revolta.
Não é apenas uma questão de dinheiro – é um risco real para a infraestrutura. A 5G exige muito mais torres, mais próximas entre si, do que as gerações anteriores. Porém, só 23% dos proprietários dizem estar dispostos a renovar o contrato, e quase metade ainda não decidiu. Isso pode criar novas “áreas de sombra” sem sinal algum.
O alerta já foi dado: segundo a Ookla, o Reino Unido ocupa apenas a 24ª posição entre 30 países do norte da Europa em disponibilidade de 5G, com cobertura de apenas 45%. Se nada mudar, o país pode ficar para trás de vez na corrida tecnológica.
3 comentários
kkk mais uma trapalhada do governo britânico
depois querem saber pq na zona rural não pega nada 😂
até escola e ONG levando prejuízo, triste