Um novo relatório da empresa de análise Newzoo, em parceria com a plataforma de monetização Tebex, revelou um dado curioso: apenas 20% dos jogadores no mundo são responsáveis por quase metade de toda a receita global da indústria de games. 
Esses jogadores, considerados os ‘grandes gastadores’, desembolsam em média 325 milhões de dólares por ano, com a maior parte vindo da América do Norte e da Europa.
O estudo, intitulado Unlocking Games Revenue: Player Behavior and Payment Trends in the West, prevê que o mercado global de jogos atinja 188,9 bilhões de dólares, sendo 46% desse valor oriundo da América do Norte e da Europa. No entanto, o crescimento nessas regiões já maduras é lento – apenas 1,1% ao ano na América do Norte e 3,1% na Europa entre 2023 e 2027 – forçando os estúdios a repensarem suas estratégias de monetização.
“Com o crescimento modesto no número de jogadores pagantes na América do Norte e na Europa, os estúdios precisam menos buscar novos pagantes e mais aumentar o valor dos que já têm”, afirma o relatório. Isso significa ir além das microtransações tradicionais ou do simples aumento de preço, criando ofertas mais alinhadas ao comportamento e às motivações dos jogadores.
No quesito quantidade de jogadores, o mobile domina com folga: quase 3 bilhões de jogadores no celular contra 930 milhões no PC e 653 milhões nos consoles. Mas, como o estudo destaca, a plataforma já não importa tanto – jogos como Fortnite se tornaram verdadeiras plataformas, jogadas em qualquer dispositivo.
Liam Wiltshire, chefe de pagamentos e compliance da Tebex, resume: “Hoje, os jogadores querem saber exatamente pelo que estão pagando – e por quê. A forma de monetizar importa mais do que nunca.” Para mercados maduros, o futuro está em estratégias mais inteligentes e profundas de monetização.